Autor: Prof. Dr. Augusto Bessa e Prof. Dr. Fernando Almeida
Paciente G.M.S, sexo feminino, 71 anos de idade, compareceu ao serviço de Implantodontia do Hospital da Boca, localizado na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, com a necessidade de colocar implante dentário na região do elemento 35. Ao exame clínico e tomográfico, verificou-se uma limitação óssea em espessura na região, com a necessidade prévia do aumento do rebordo, para, a partir de então, realizar a reabilitação oral com implante dentário na região (foto 1).
Figura 1 – Defeito ósseo na região do 35
Para a execução da técnica cirúrgica, o enxerto em bloco ósseo sintético NANOSYNT BLOCK foi o escolhido. O material em questão tem na sua base estrutural o fosfato de cálcio bifásico (60% de hidroxiapatita e 40% de ß-fosfato tricálcico, valores nominais), ou seja, 100% sintético, garantindo total segurança biológica e eliminando qualquer risco de contaminação. Material indicado para aumentos tridimensionais de rebordos alveolares (foto 2).
Figura 2 – Nanosynt Block
As incisões foram realizadas e o descolamento total foi executado. Em casos de aumentos tridimensionais de rebordos em mandíbula é fundamental que seja realizada uma correta divulsão dos tecidos, sobretudo na região lingual (foto 3), para que ocorra o fechamento primário da ferida cirúrgica de forma passiva. Além disso, é interessante que seja realizada a descortificação óssea para que haja o aumento da nutrição sanguínea entre o enxerto ósseo e a área receptora (fotos 4 e 5).
Figura 3 – Descolamento tecidual e exposição de rebordo ósseo.
Figura 4 e 5 – Execução da descorticalização osséa.
O Nanosynt Block foi testado em posição (foto 6) e os excessos foram removidos com Piezo (foto 7). Em seguida, já no formato do sítio ósseo do defeito, foi realizado um banho com agregado plaquetário injetável, I-PRF (foto 8), com o intuito de promover características que favoreçam, de forma coadjuvante, o metabolismo da regeneração óssea.
Figura 6 – Verificação da adaptação do bloco na área a ser regenerada.
Figura 7 – Personalização do Bloco.
Figura 8 – Hidratação do Nanosynt BLOCK com I-PRF.
Com o auxílio de uma ponta arredondada de Piezo, foi realizada a perfuração no centro do Nanosynt Block (foto 9), para a passagem do parafuso (foto 10) usado para estabilizar o bloco ósseo no sítio receptor (foto 11).
Figura 9 – Perfuração realizada no centro do bloco de Nanosynt Block
Figura 10 – Acomodação do parafuso na perfuração existente.
Figura 11 – Estabilização do bloco com o parafuso.
Foi inserida como barreira a membrana de lenta reabsorção Duosynt, com o intuito de promover o isolamento, seguindo os princípios fundamentais da regeneração óssea guiada (foto 12). Em seguida, acima dessa, membranas de PRF foram inseridas (foto 13), com a intenção de favorecer o processo reparador. Por fim, a síntese da ferida cirúrgica foi realizada de forma passiva, utilizando um fio de polipropileno (foto 14).
Figura 12 -Recobrimento do Nanosynt Block com a Membrana Duosynt
Figura 13 – Cobertura da área regenerada utilizando Membranas de PRF.
Figura 14 – Sutura final
A tomografia do pós-operatório imediato foi realizada para verificar a adaptação e a acomodação do Nanosynt Block, bem como uma análise, ainda que preliminar, comparativa com a situação inicial (foto 15). Serão aguardados 8 meses para realizar a remoção do parafuso de travamento do enxerto e, consequentemente, a cirurgia de implante no sítio em questão.
Figura 15 – Tomografia inicial e do pós operatório imediato
Figura 16 – Nanosynt Block