15/05/2024

Benefício do uso de componentes anguláveis personalizados em casos de rebordo alveolar atrésico

Autores: Prof. Dr. Diego Paulillo Bazan, Profª. Dra. Monique Sansão Bazan e Prof. Dr. Fabio Lorenzoni.

PACIENTE SEXO FEMININO, 59 ANOS DE IDADE – Substituição dos elementos decíduos 53 e 63.

AVALIAÇÃO INICIAL

Durante avaliação clínica e radiográfica foi possível perceber a presença dos elementos dentários 53 e 63 com grande reabsorção radicular e maloclusão.

TRATAMENTO EXECUTADO

Primeiramente a paciente foi submetida a tratamento ortodôntico para correção de maloclusão e fechamento de diastemas, porém mantendo dentes decíduos e utilizando-os como ancoragem para realizar as movimentações ortodônticas. Após 18 meses e concluída a fase corretiva, foi solicitado uma tomografia computadorizada para avaliação do tecido ósseo ao redor dos dentes 53 e 63. Após a avaliação do tecido ósseo local, as opções de tratamento foram 1) realizar uma reconstrução do volume ósseo com biomateriais para a colocação do implante dentário e utilizar um componente protético reto ou 2) a instalação de implantes dentários, utilizando um componente angulado para ter uma correta emergência protética. A opção escolhida foi a segunda por ser um tratamento menos invasivo, mais rápido e com menor morbidade.

Os elementos foram extraídos e imediatamente colocados dois implantes de 3.3×9 mm Arcsys, com travamento inicial de 35 N.cm de torque no implante do 13 e de 45 N.cm no implante do 23. Os componentes protéticos utilizados foram dois munhões anguláveis de 3x4x2,5 mm. Ambos os componentes foram angulados em 20º e as coroas provisórias confeccionadas sobre os transferentes multifuncionais para munhão. Para melhorar o contorno tecidual peri-implantar foi adicionado ao procedimento enxertos de tecido conjuntivo em cada local implantado. Sessenta dias após a instalação dos implantes, deu início a fase protética com a realização das moldagens. Visando realizar uma boa transferência da modelagem dos tecidos peri-implantares obtido com as coroas provisórias, utilizamos uma barreira gengival Top Dam ao redor dos transferentes multifuncionais, copiando e transferindo sua forma para o molde. As coroas protéticas definitivas foram confeccionadas com sua base em zircônia e cerâmica feldspática e o diastema entre dentes 11 e 21 foi fechado utilizando a resina composta A1 (Vittra – FGM). Após 12 meses foi solicitado uma nova tomografia computadorizada dos locais, ficando evidente a estabilidade e manutenção do tecido ósseo.