Autor: Dr. Augusto César Bessa Neves
Paciente do sexo masculino, 40 anos. Insatisfação com a ausência dos elementos 26 e 27.
AVALIAÇÃO INICIAL
Após anamnese detalhada, exame clínico e radiográfico, foi constatada a ausência dos elementos 26 e 27, em que, tomograficamente, pôde ser observada uma pneumatização do assoalho do seio maxilar.
TRATAMENTO EXECUTADO
Como o exame tomográfico apresentou um remanescente ósseo de 6,79 mm e 6,29 mm na região dos elementos 26 e 27 (fig. 1) , respectivamente, foi planejado o emprego da técnica cirúrgica de levantamento de seio maxilar SA3 descrita por Carl Misch et al. Nessa técnica o levantamento do assoalho do seio maxilar é realizado concomitantemente com a instalação dos implantes dentários. Para acessar o seio maxilar, utilizamos uma fresa neurológica (fig. 2), pois conseguimos mais precisão na osteotomia (fig.3). Trabalhando num sítio cirúrgico de baixa densidade e sabendo que a geometria das fresas permite a fresagem única, optamos por essa técnica para realizar a perfuração dos sítios cirúrgicos (fig. 4). Os posicionamentos tridimensionais dos implantes devem estar perfeitos e para isso é importante executar um planejamento reverso adequado, trabalhando com guia cirúrgica e, no transoperatório, sempre verificar o paralelismo, fazendo uso dos pinos que apresentam essa finalidade (fig. 5).
Em seguida, foi realizado o L-PRF BLOCK, associando o Nanosynt da FGM de partícula granulação 500 a 1000µm ao agregado plaquetário, inserindo-o no seio maxilar (fig.6). Em continuidade, os implantes foram instalados nos sítios cirúrgicos e membranas de L-PRF foram inseridas na parede lateral do seio maxilar antes da sutura (figs. 7 e 8).
Após 4 meses, os cicatrizadores foram removidos (fig.9) e o medidor transmucoso foi posicionado para realizar a escolha dos minipilares (fig. 10). Em seguida, esses intermediários foram instalados utilizando o martelete (fig.11), a moldagem foi realizada (fig.12) e o gesso vazado (fig.13) e enviado para o laboratório. No laboratório, o modelo de gesso foi convertido em modelo digital, transferindo a posição dos implantes utilizando o scan body Arcsys, seguindo, a partir desta etapa, um fluxo digital para a confecção das coroas sobre os implantes (fig. 14). As coroas foram finalizadas e instaladas sobre os implantes (fig.15).