“A saúde começa pela boca” é uma das afirmações mais poderosas feitas por dentistas. A comprovação para isso saiu em pesquisa recente desenvolvida pela Associação Europeia de Diálise e Transplante em Amsterdam (EDTA), na qual afirma que a boa higiene oral pode aumentar a taxa de sobrevivência de pacientes em diálise.
Por isso montamos uma lista de práticas que podem colaborar com o procedimento e salvar vidas. Sim, salvar vidas… O estudo, que envolveu 4.320 adultos europeus em estágio final da doença renal, comprovou que depois de 22 meses pacientes que mantinham o mínimo de higiene bucal foram os sobreviveram.
Manter a higiene bucal diária
Segundo a EDTA, as taxas de mortalidade foram menores em pacientes que gastavam no mínimo dois minutos por dia em higiene bucal (0,81%) e ainda menor nos que efetivamente escovavam os dentes (0,74%). Por isso é importante que os pacientes em diálise nunca deixem de lado esse procedimento.
Trocar a escova de dentes mensalmente
Se a troca da escova de dentes deve ser frequente em adultos saudáveis e que vão regularmente ao dentista, imaginem em pessoas que necessitam de cuidados especiais… O estudo comprova que dos que trocavam de escova de dentes a cada três meses 0,79% faleceu.
Uma escova de dentes nova, trocada a cada mês, pode eliminar mais placa bacteriana do que uma escova com as cerdas desgastadas e, aliada a uma técnica de escovação adequada, conseguir a perfeita limpeza e higiene dos dentes.
Usar fio dental
O fio dental nunca pode ser esquecido! Entre os pacientes pesquisados, os que usavam o fio dental tiveram uma taxa de mortalidade menor ainda, de 0,49%. No caso de idosos, é importante que eles contem com a ajuda de familiares, enfermeiros e dentistas, caso estejam impossibilitados de tomar esses cuidados sozinhos.
Ir ao dentista com frequência
Isso já diz tudo! Ter acompanhamento médico é fundamental, inclusive para cuidar da higiene oral. Exames devem ser feitos com frequência, bem como uma análise na saúde dos dentes. No caso dos europeus pesquisados, os que possuíam mais de 14 dentes cariados, em falta ou restaurados foram 1,46%, ou seja, muito mais mortes do que aqueles que mantinham cuidados frequentes.
Se você é dentista e tem pacientes que passam por esse tratamento, oriente-os com essas dicas. O estudo completo inclui outros fatores como a análise da saliva. Para conferir a pesquisa na íntegra, em inglês, é só acessar aqui.