Prótese Unitária com Coping Friccional

Autores: Dr. Rafael Cury Cecato, Dr. Thiago Roberto Gemeli, Dr. Carlos Prux Landmeier e Dr. Ricardo de Souza Magini

Gênero e idade do paciente: Paciente gênero masculino, 57 anos de idade

Queixa principal: Necessidade de reabilitação na região superior/posterior/direita.

INTRODUÇÃO

Próteses cimentadas proporcionam estética aliada à segurança mecânica de retenção, porém, embora a literatura demonstre que a técnica seja efetiva se bem conduzida¹, não há consenso sobre as vantagens ou desvantagens em relação às próteses aparafusadas, restando dúvidas acerca do extravasamento e permanência de cimento nos tecidos e seu papel no desenvolvimento de doenças peri-implantares.

No caso apresentado, uma restauração protética unitária é fabricada com uma técnica inédita, onde a coroa é estabilizada por fricção sobre o componente protético (o mesmo utilizado para restaurações cimentadas), sem riscos de adversidades originados pelo excesso de cimento, mantendo sua anatomia oclusal e sem o vultoso acesso ao parafuso protético – obrigatório em próteses aparafusadas.

RELATO DE CASO

Paciente leucodermo, sexo masculino, 57 anos, procurou a clínica para reabilitação da região superior/posterior/ direita. Após anamnese e exame clínico, foram solicitados os exames complementares, como imagens tomográficas e de sangue (hemograma, coagulograma e glicemia).

Foi constatado que os dentes 16 e 17 haviam sido perdidos. O dente 18 se apresentou mesializado e com suspeita de lesão endodôntica periapical (rarefação óssea periapical identificada em imagem radiográfica), porém, sem doença periodontal e com estrutura natural suficiente para sua manutenção. As imagens tomográficas também constataram volume ósseo suficiente para ancoragem de implante dentário na área (Figs. 1 e 2).

Em comum acordo com o paciente, foi decidido por manter o dente 18, desde que submetido à avaliação/ tratamento endodôntico e sua porção coronária distal ajustada para eliminar interferências oclusais durante movimento protrusivo. O espaço protético foi então planejado para ser composto por uma coroa apenas, pois sua distância mésio-distal seria compatível com um molar superior. Um implante dentário foi então instalado na área – Arcsys 4,3 X 9 mm FGM – com estabilidade final de 40 Ncm. Um cicatrizador multifuncional (5 mm – cinta alta) foi instalado sobre o implante no mesmo momento (Figs.3 e 4).

Após cerca de 30 dias, um componente protético para prótese cimentada – munhão Arcsys 4,2 X 6 mm de porção protética e 4,5 mm de transmucoso – foi selecionado, angulado com 07 graus e ativado. Uma coroa provisória imediata foi confeccionada para promover função e iniciar o condicionamento tecidual periimplantar (Fig. 5). Após condicionamento tecidual, o transferente multifuncional compatível com o munhão foi adaptado e personalizado com resina acrílica fotopolimerizável em gel, de forma a promover fidelidade de cópia no contorno tecidual condicionado (Figs. 6 e 7).

Conforme explicitado acima, com o objetivo de combinar estabilidade mecânica, estética e segurança biológica, um Coping Friccional FGM para o munhão 4,2 X 6 mm foi adquirido e entregue ao técnico do laboratório. Com a ajuda do Scan Body intra e extraoral compatível com o componente protético, o modelo de trabalho foi digitalizado (Fig. 8). Conforme a biblioteca digital (Arcsys – FGM) presente no software de modelagem (Exocad GmbH – Alemanha), a infraestrutura em zircônia foi produzida e a cerâmica de revestimento aplicada sobre ela (Figs. 9 a 12). Seguindo a técnica preconizada pela fabricante, o Coping Friccional foi então ativado no modelo (com o martelete e a ponteira indicada de PEEK) e a coroa cimentada sobre ele (Figs. 13 a 20). Após remoção dos excedentes de cimento, acabamento e polimento, a peça estava apta a ser ativada no paciente (Figs. 21 e 22).

Após remoção do provisório, a coroa com o Coping Friccional é posicionada sobre o munhão, ajustes proximais são feitos, se necessário, e então ativada com o martelete e sua ponteira de PEEK (Figs. 23 e 24). Caso a mesma precise ser removida, por qualquer motivo, basta adaptar a chave extratora para Coping Friccional e ativá-la novamente, sempre que necessário. A aberturadiminuta do acesso desta chave foi então preenchido com fita de teflon e coberto com resina composta (Vittra APS Unique).

O acompanhamento do tratamento, 3 anos, (Fig. 25) demonstra a excelente resposta biomecânica do conjunto: implante dentário – componente protético friccional – coroa protética friccional.

Galeria

Figs. 1 e 2 Perspectivas tomográficas da região do elemento 16 (1)
Figs. 1 e 2 Perspectivas tomográficas da região do elemento 16 (1)

 

Figs. 1 e 2 Perspectivas tomográficas da região do elemento 16 (2)
Figs. 1 e 2 Perspectivas tomográficas da região do elemento 16 (2)

 

Fig. 3 Exposição do rebordo ósseo favorável à reabilitação protética
Fig. 3 Exposição do rebordo ósseo favorável à reabilitação protética

 

Fig. 4 Cicatrizador em posição
Fig. 4 Cicatrizador em posição

 

Fig. 5 Munhão personalizado (4.2x6mm) e condicionamento tecidual
Fig. 5 Munhão personalizado (4.2x6mm) e condicionamento tecidual

 

Fig. 6 Transferente multifuncional em posição evidenciando a correta seleção da altura transmucosa
Fig. 6 Transferente multifuncional em posição evidenciando a correta seleção da altura transmucosa

 

Fig. 7 Utilização de resina acrílica fotopolimerizável para replicação do tecido peri-implantar condionado
Fig. 7 Utilização de resina acrílica fotopolimerizável para replicação do tecido peri-implantar condionado

 

Fig. 8 Visualização do arquivo obtido após escaneamento do modelo de trabalho
Fig. 8 Visualização do arquivo obtido após escaneamento do modelo de trabalho

 

Figs. 9 e 10 Planejamento e modelamento digital durante a etapa laboratorial (1)

Figs. 9 e 10 Planejamento e modelamento digital durante a etapa laboratorial (1)

Figs. 9 e 10 Planejamento e modelamento digital durante a etapa laboratorial (2)
Figs. 9 e 10 Planejamento e modelamento digital durante a etapa laboratorial (2)

 

Figs. 11 e 12 Coroa cerâmica metal free e respectivo coping friccional (1)
Figs. 11 e 12 Coroa cerâmica metal free e respectivo coping friccional (1)

 

Figs. 11 e 12 Coroa cerâmica metal free e respectivo coping friccional (2)
Figs. 11 e 12 Coroa cerâmica metal free e respectivo coping friccional (2)

 

Figs. 13 e 14 Adaptação e ativação do coping friccional sobre o modelo de trabalho (1)
Figs. 13 e 14 Adaptação e ativação do coping friccional sobre o modelo de trabalho (1)

 

Figs. 13 e 14 Adaptação e ativação do coping friccional sobre o modelo de trabalho (2)
Figs. 13 e 14 Adaptação e ativação do coping friccional sobre o modelo de trabalho (2)

 

Figs. 15 e 16 Limpeza e condicionamento das superfícies (1)
Figs. 15 e 16 Limpeza e condicionamento das superfícies (1)

 

Figs. 15 e 16 Limpeza e condicionamento das superfícies (2)
Figs. 15 e 16 Limpeza e condicionamento das superfícies (2)

 

Figs. 17 e 18 Tamponamento do orifício central e aplicação de cimento dual (All Cem Core) nas paredes laterais do coping metálico (1)
Figs. 17 e 18 Tamponamento do orifício central e aplicação de cimento dual (All Cem Core) nas paredes laterais do coping metálico (1)

 

Figs. 17 e 18 Tamponamento do orifício central e aplicação de cimento dual (All Cem Core) nas paredes laterais do coping metálico (2)
Figs. 17 e 18 Tamponamento do orifício central e aplicação de cimento dual (All Cem Core) nas paredes laterais do coping metálico (2)

 

Figs. 19 e 20 Cimentação da coroa sobre o coping friccional e remoção do modelo de trabalho (1)
Figs. 19 e 20 Cimentação da coroa sobre o coping friccional e remoção do modelo de trabalho (1)

 

Figs. 19 e 20 Cimentação da coroa sobre o coping friccional e remoção do modelo de trabalho (2)
Figs. 19 e 20 Cimentação da coroa sobre o coping friccional e remoção do modelo de trabalho (2)

 

Fig. 21 A remoção da coroa permite acesso direto à região cervical da peça, possibilitando a complementação da fotopolimerização, além do acabamento e polimento
Fig. 21 A remoção da coroa permite acesso direto à região cervical da peça, possibilitando a complementação da fotopolimerização, além do acabamento e polimento

 

Fig. 22 Término cervical após etapas de acabamento e polimento
Fig. 22 Término cervical após etapas de acabamento e polimento

 

Figs. 23 e 24 Coroa cerâmica ativada sobre o componente protético. Note o diminuto acesso presente na mesa oclusal (1)
Figs. 23 e 24 Coroa cerâmica ativada sobre o componente protético. Note o diminuto acesso presente na mesa oclusal (1)

 

Figs. 23 e 24 Coroa cerâmica ativada sobre o componente protético. Note o diminuto acesso presente na mesa oclusal (2)
Figs. 23 e 24 Coroa cerâmica ativada sobre o componente protético. Note o diminuto acesso presente na mesa oclusal (2)

 

Fig. 25 Radiografia periapical
Fig. 25 Radiografia periapical

 

sale 2 - Prótese Unitária com Coping Friccional

Shop FGM Implants

Produtos de qualidade com descontos especiais!

Shop FGM Implants

Um mundo de soluções inteligentes, em apenas alguns cliques!

Email
LinkedIn
Telegram
Facebook
Envie seu caso clínico
Treinamento online e gratuito

Outros artigos do blog

plugins premium WordPress

Selecione seu idioma

Select your language

00
Horas
00
Minutos
00
Segundos

Shop FGM Implants

Componentes Arcsys, Vezza e Fluxo Digital até 60% OFF, promoções em Brocas, kit cirúrgicos e muito mais.